Você sabe como funciona a compensação de carbono?
Podemos dizer que a compensação de carbono é uma espécie de indenização pela degradação ambiental e um instrumento da política ambiental pública que visa contrabalançar os impactos ambientais. Sabemos que este é um assunto que ainda gera dúvidas para muitas pessoas, por isso vamos tentar esclarecer um pouco.
Todos nós geramos emissões de carbono, todos os dias. Pessoas, empresas, organizações, países. Mas o que são essas “emissões”, a final? Nada mais são do que a equivalência de impacto no aquecimento global proveniente da emissão de gases como o próprio Dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), entre outros que contém flúor e cloro, resultando no efeito estufa, diretamente atrelado às mudanças climáticas.
A maioria das emissões de CO2 (89%) é proveniente do uso de combustíveis fósseis, especialmente para geração de eletricidade e calor, transporte, fabricação e consumo. A produção de alimentos também gera emissões de dióxido de carbono, metano e outros gases do efeito estufa de várias maneiras. Então, não é difícil perceber que simplesmente a maneira como vivemos gera emissões de carbono e que, portanto, todos, sem exceção, somos parte disso. Também fica mais fácil entender que uma família de quatro pessoas emite menos que uma empresa e assim por diante.
Sabendo disso, aparece a segunda pergunta. Como compensar todo esse CO2 que geramos. Explicando: a compensação de carbono funciona na base da “troca”. Primeira, medindo com a maior proximidade possível quanto carbono cada atividade emite; depois, transformando essa medição em um valor monetário que, em terceiro lugar, será repassado para projetos eco sustentáveis que contrabalançam essas emissões através dos créditos de carbono.
Os créditos de carbono são unidades de medida que correspondem, cada uma, a uma tonelada de dióxido de carbono equivalente (tCO2e). Essas medidas servem para calcular a redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE) e seu possível valor de comercialização.
Um exemplo na prática: uma companhia aérea emitiu 5.000.000 de toneladas de carbono em um mês, significando R$125.000.000,00. Essa companhia repassa esse valor para uma empresa certificada que, por sua vez, vai repassá-lo a um projeto de sustentabilidade também certificado; esse projeto vai utilizar o valor recebido no desenvolvimento de mais práticas eco sustentáveis que equilibram o CO2 emitido pela companhia aérea. Quem reduz ou deixa de emitir o gás gera créditos de carbono, que podem ser negociados com outros países ou empresas mais poluentes para alcançar um equilíbrio.
Os impactos são medidos com base em Relatório de Estudo de Impacto Ambiental. Além disso, os empreendedores responsáveis por esses impactos arcam com os custos econômicos da compensação dos impactos não mitigáveis.
Praticamente nenhum produto, serviço ou atividade está livre da emissão desse gás, por isso, aquilo que não conseguimos evitar, pode ser compensado por meio do processo de compensação de carbono. Sendo assim, pode-se dizer que a compensação de carbono pode ser feita principalmente por meio do plantio de árvores e da compra de créditos de carbono. Nações, empresas e indivíduos que promovem redução das emissões de gases do efeito estufa recebem uma certificação de redução que contará como créditos de carbono.
A compensação de carbono tenta contrabalançar as perdas ambientais que advirão de atividades poluidoras das quais não se pode abrir mão. Resumindo, a compensação ou neutralização de carbono, além de viabilizar financeiramente projetos ambientais, pode melhorar a qualidade de vida das pessoas e promover o uso sustentável de áreas verdes.
A filosofia da Slow & Steady Travel está unida ao cuidado do meio ambiente, por isso estamos trabalhando para compensar nossas emissões. E você?
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